Toxina Botulínica - Veneno, Estética ou Botox para os olhos?

Respondendo a pergunta do título: Sim, a toxina botulínica poder ser veneno. Ela também é o famoso Botox, mas antes disso, foi utilizada pela Oftalmologia e Neurologia para correção de contrações musculares involuntárias.

Como tudo isso? Simples, veja.

Toxina botulínica é produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Quando do tipo E, é altamente perigosa. Se desenvolve em alimentos enlatados ou mal conservados. Nesta forma ela induz efeitos como fraqueza muscular progressiva, vomitos e paralisia, podendo ser fatal, quando a quantidade de toxina é alta.

O botulismo é causado pela ingestão de alimentos contaminados com neurotoxina pré-formada da bactéria C. botulinum.

Basicamente ela dificulta o envio de estímulos nervosos que produzem a contração muscular. Assim os musculos relaxam (mais que o normal).

Mas essa característca da toxina é também de utilidade terapeutica. Foi primeiramente utilizada no tratamento de estrabismo.
Nos anos 80, foi usada na terapêutica de distúrbios musculares, como blefarospasmo, e outras distonias focais.  Porém esta toxina é a do tipo A ou B.




A toxina botulínica tipo A (C6760 H10447 N1743 O2010 S32) é um complexo protéico purificado, de origem biológica.
O sorotipo A é o reconhecido cientificamente como o mais potente e o que proporciona maior duração de efeito terapêutico.

E mais utilidade a esse agente paralizante foi acrescentada nas últimas décadas, nada mais, nada menos que o Botox.

A toxina atua impedindo a contração dos musculos faciais que causam rugas. Sem contração os musculos relaxam, e as rugas vão desaparecendo.

O complexo da toxina é relativamente estável, especialmente a pH ácido (3,5 – 6,5), mas dissocia-se sob condições alcalinas e a sua atividade biológica fica comprometida. Por sua vez, os esporos de C. botulinum são altamente resistentes a temperaturas elevadas.

Apesar de resistente a altas temperaturas, quando presente em alimentos, pode ser eliminada durante o cozimento.

Luminol caseiro?

Assistindo ao seriado Dexter, observei que em um episódio ele faz um luminol caseiro em poucos minutos. Será fácil e tão possível assim.

Segundo este vídeo é possível produzir Luminol com produtos que se tem em casa ou se compra em qualquer supermercado, mas o métodos são bem mais complexos.

Veja você mesmo

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A mágica dos pontos médicos

Essa semana fiz uma pequena cirurgia, mas uma coisa me intrigou muito: o que faz com esses pontos médicos caem sozinho? Mágica, nanotecnologia ou simplesmente química?

Depois de uma breve pesquisa, foi fácil descobrir que tudo não passa de química. Ela faz tudo parecer incrivelmente tecnológico ou mágico. Vou seguir com uma breve explicação de como funciona.

Os fios de sutura utilizado pelos médicos podem ser absorvíveis ou não-absorvíveis. O famoso “ponto que cai sozinho”, são feito de fios absorvíveis, que podem ser de origem sintética ou animal.

Fios absorvíveis são aqueles cujo o material é progressivamente destruído e absorvido por hidrólise, proteólise, ou fagocitose, variando com o tipo de fio.

 

O de origem animal pode ser preparado basicamente das mucosas do intestino bovino ou de colágeno, obtido do tendão bovino. Porém tem absorção muito irregular, o que pode ocasionar inflamações mais facilmente.

Os fios de origem sintética possuem diversas marcas comerciais e com algumas variações na sua composição. Mas vamos aqui descrever o Dexon.

É um polímero multifilamentoso do ácido glicólico (ácido hidroxia-cético). *Este ácido sempre está presente em produtos de beleza (cremes faciais principalmente).

Ele é absorvido por hidrólise, que ocorre de forma mais regular e previsível. Existe uma hipótese que os produtos da degradação do ácido poliglóico são potentes agentes antibacterianos, o que reduz as inflamações, totalmente ao contrário do fio de origem animal.

O Dexon pode ser usado em grande variedade de procedimentos cirúrgicos, é bem tolerado não só em feridas limpas mas também em situações de infecção.

Sua desvantagem é que ele pode cortar os tecidos.

 

Ácido Glicólico

 

 

Os outros fios de sutura absorvíveis são:

Caprofyl – Composiçao: Poliglecaprone 25 (Copolímero de glicolida e caprolactona)

Monocryl – Composiçao: Poliglecaprone 25 (Copolímero de glicolida e caprolactona)

Vicryl – Composiçao: Poliglactina 910, coberta com Poliglactina 370 + estearato de cálcio

Pds II – Composiçao: polidioxanona

Normalmente os pontos caem entre 2 e 3 semanas, período de meia vida da tensão dos fios.